Nova taxa de juros norte-americana é a maior desde outubro de 2007.
Com o novo aumento, a taxa de juros dos Estados Unidos (EUA) passa a ficar entre 4,5% a 4,75%, a maior desde outubro de 2007.
Este foi o oitavo aumento realizado desde março de 2022 pelo Fed, visando reduzir a inflação que, apesar dos sinais recentes de desaceleração, ainda está perto de seu nível mais alto desde o início dos anos 1980.
Com o aumento de 0,25 p.p. já precificado, os mercados aguardavam receber, junto com a nova taxa, sinais de que o Fed encerraria seus aumentos de juros em breve - sinais que não vieram.
O documento liberado pelo comitê afirma que o FOMC ainda vê a necessidade de "aumentos contínuos na faixa-alvo" - declaração aprovada por unanimidade pelo colegiado. As autoridades do comitê disseram ainda que determinariam a "extensão" dos aumentos futuros com base em fatores como os efeitos dos aumentos das taxas até agora, os atrasos em que a política tem impacto e a evolução das condições financeiras e da economia.
Tesouro
Junto com os aumentos das taxas, o Fed segue reduzindo as participações em sua carteira de títulos: o banco central reduziu cerca de US$ 445 bilhões desde junho, mas o balanço ainda está em mais de US$ 8,4 trilhões de dólares.
Reação dos mercados
As ações norte-americanas caíram após o anúncio, com o Dow Jones Industrial Average caindo mais de 300 pontos. No fechamento desta reportagem, às 16h30 da quarta-feira, o futuro do índice descia 1,07%. Por aqui, o Ibovespa, índice que engloba as maiores empresas da bolsa brasileira, se manteve na casa dos 111 mil pontos.
As autoridades do Fed permaneceram resolutas em relação ao combate à inflação, mesmo que as pressões possam estar diminuindo: a inflação caiu 0,1% em dezembro na base mensal e subiu 6,5% em relação ao ano anterior - abaixo do pico de 9% entre 2021 e 2022.
Futuro
Na reunião do Fomc de dezembro, o comitê indicou que vê a "taxa terminal" da alta de juros em 5,1%. Os analistas esperam que o Fed comece a cortar as taxas ainda este ano, após mais um aumento de um quarto de ponto em março.
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