Na quarta-feira, 1º de novembro, Brasil e EUA irão divulgar suas taxas de juros atualizadas.
A taxa de juros básica desempenha um papel crucial nas ações dos Bancos Centrais ao redor do mundo para controlar a inflação. Ela tem um papel central nas transações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e serve como referência para outras taxas econômicas. Diariamente, o Banco Central realiza intervenções no mercado, comprando e vendendo títulos públicos federais, a fim de manter a taxa de juros alinhada com o valor determinado durante suas reuniões.
Esta semana, por exemplo, teremos um evento conhecido como "superquarta", quando tanto o Conselho de Política Monetária brasileiro (Copom), quanto o FOMC, conselho correspondente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), divulgam suas decisões acerca da taxa de juros de seus respectivos países. Será no dia 1º de novembro.
Como funciona a taxa de juros na prática:
Quando um comitê de política monetária opta por elevar a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso, por sua vez, tem um impacto nos preços, uma vez que as taxas de juros mais elevadas encarecem o crédito e incentivam a poupança. Taxas mais elevadas também podem atuar como um freio na atividade econômica. Por outro lado, a redução nos juros de uma economia tende a tornar o crédito mais acessível, estimulando a produção e o consumo, o que pode afrouxar o controle da inflação e impulsionar a atividade econômica.
No entanto, é importante notar que as taxas de juros para o crédito ao consumidor não flutuam na mesma proporção da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) - no caso do Brasil -, uma vez que a taxa de juros é apenas um componente do custo total do crédito. Os bancos também levam em consideração outros fatores, como risco de inadimplência, margem de lucro e despesas administrativas, ao determinar as taxas de juros cobradas dos clientes.
Aqui no Brasil, o órgão regulador da taxa de juros, Copom, realiza suas reuniões a cada 45 dias. No primeiro dia da reunião, são feitas apresentações técnicas que analisam a evolução da economia brasileira e mundial, bem como o comportamento dos mercados financeiros. No segundo dia, os membros do comitê, que compreendem a diretoria do Banco Central, avaliam as opções e determinam a taxa Selic.