Banco Central manteve taxa inalterada mesmo com diante de pressão por queda por parte do governo federal.
Segundo a nota do banco central, os episódios envolvendo bancos no exterior elevam a incerteza e requerem monitoramento contínuo e os bancos centrais das principais economias "seguem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente".
Brasil
As projeções de do Copom no cenário de referência estão em 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024, enquanto, em cenário alternativo, no qual a taxa Selic seria mantida constante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.
Fatores de risco
O Comitê ressaltou os fatores de risco que ainda influenciam a política monetária.
Risco de baixa
A nota afirma que mesmo com a reoneração dos combustíveis e a apresentação de uma proposta de arcabouço, o processo desinflacionário tende a ser mais lento em um ambiente de expectativas de inflação desancoradas. e que o Copom conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas - o que, para o comitê, no momento, é manter a Selic no mesmo patamar de 13,75% a.a.
"Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação", segue a nota.
Segundo o BC, o conjunto dos indicadores mais recentes demostra o cenário de desaceleração esperado pelo Copom, mas exibe maior resiliência no mercado de trabalho. A autarquia lembra que a inflação ao consumidor e medidas subjacentes seguem acima da meta com expectativa de 6,1% em 2023 e 4,2% em 2024 no boletim Focus.
As projeções de do Copom no cenário de referência estão em 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024, enquanto, em cenário alternativo, no qual a taxa Selic seria mantida constante, as projeções de inflação situam-se em 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.
Fatores de risco
O Comitê ressaltou os fatores de risco que ainda influenciam a política monetária.
Risco de alta
- maior persistência das pressões inflacionárias globais;
- a incerteza sobre o desenho final do arcabouço fiscal e seus impactos na trajetória da dívida pública, da inflação e dos ativos de risco;
- uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos.
Risco de baixa
- uma queda adicional dos preços das commodities internacionais em moeda local;
- desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global;
- uma desaceleração na concessão doméstica de crédito maior do que seria compatível com o atual estágio do ciclo de política monetária.
"Considerando a incerteza ao redor de seus cenários, o Comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação", segue a nota.
O Copom enfatizou ainda que, apesar de ser um cenário menos provável, o colegiado não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado.
E você, o que achou da decisão do Copom pela manutenção da Selic no patamar atual? Conte para a gente!