Destinos preferidos foram os nacionais; hospedagem também mudou.
Em 2019, foram realizadas 20,9 milhões de viagens enquanto, em 2021, foram 12,3 milhões. Pode parecer muito, mas o número de viagens caiu 41% entre 2019 e 2021. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e são baseados nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), que levantou pela primeira vez os gastos com turismo.
Embora a pandemia tenha influenciado na diminuição de viagens, em 2021, ano do início da retomada, os gastos totais em viagens nacionais com pernoite somaram apenas R$ 9,8 bilhões de reais, menos do que os R$ 11 bilhões de 2020.
Em 2021, os maiores gastos foram em viagens para São Paulo (R$ 1,8 bilhão de reais), Bahia (R$ 1,1 bilhão) e Rio de Janeiro (R$ 1,0 bilhão). Uma em cada cinco viagens (ou 20,6% delas) foi para o estado de São Paulo, o destino mais procurado. Minas Gerais (11,4%) e Bahia (9,5%) vieram a seguir.
Nos domicílios com renda per capita abaixo de meio salário mínimo, 35,1% das viagens pessoais foram para tratamento de saúde e apenas 14,3% para lazer. Já nos domicílios com renda per capita de quatro ou mais salários mínimos, 57,5% das viagens foram para lazer e apenas 4,4% para tratamento de saúde. Do total de viagens em 2021, cerca de 14,6% foram profissionais e 85,4%, pessoais.
O brasileiro também mudou de transporte: cerca de 57,2% das viagens de 2021 foram em carro particular ou de empresas, 12,5% em ônibus de linha e apenas 10,2% de avião.
O percentual de viagens internacionais no total captado pela PNAD também caiu: de 3,8% em 2019 para 0,7% em 2021.