Por Redação com Estadão Conteúdo em Quinta, 22 Junho 2023
Categoria: Economia

Banco da Inglaterra eleva juros em 50 pontos-base, a 5%

Decisão, para domar a inflação persistente, surpreendeu parte dos analistas. Suíça e Noruega também subiram os juros.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 5%, após concluir reunião de política monetária nesta quinta-feira (22). O ajuste surpreendeu parte dos analistas, que previam um aumento mais moderado, de 25 pontos-base.

A decisão sobre a alta do juro básico foi por 7 votos a favor e 2 contra. As dirigentes contrárias, Swati Dhingra e Silvana Tenreyro, votaram pela manutenção da taxa em 4,5%.

Em comunicado, o BC inglês disse que a maioria de seus dirigentes sentiu necessidade de implementar uma alta de juros maior "nesta reunião em particular". Dados econômicos recentes do Reino Unido mostraram persistência da inflação e firmeza no mercado de trabalho.

O BoE reafirmou nesta quinta que "mais aperto da política monetária" será necessário se houver sinais de "mais pressões inflacionárias persistentes" e avaliou que o impacto total das altas de juros já adotadas "não será sentido por algum tempo".

O Banco da Inglaterra também previu que a inflação britânica irá desacelerar "significativamente" ao longo do ano, refletindo em especial o comportamento dos preços de energia.

Mais altas de juros na Europa

​Os bancos centrais da Suíça e da Noruega também elevaram seus juros básicos nesta quinta-feira, 22, em meio à persistência da inflação na Europa, horas antes de o Banco da Inglaterra (BoE) também anunciar decisão de política monetária.

O SNB, como é conhecido o BC suíço, elevou sua principal taxa de juros em 25 pontos-base, a 1,75%. Já o Norges Bank, autoridade monetária norueguesa, aumentou seu juro de forma mais agressiva, em 50 pontos-base, a 3,75%.

Credit Suisse

O SNB também enfatizou hoje a necessidade de que novas medidas sejam implementadas após a crise que levou o Credit Suisse a ser adquirido por seu concorrente suíço UBS, em março. "Medidas precisam fortalecer a resiliência dos bancos, de forma a evitar a perda de confiança sempre que possível e garantir uma ampla gama de opções eficazes para estabilizar, recuperar ou liquidar um banco sistematicamente importante em caso de crise," disse o BC suíço, em relatório sobre estabilidade financeira.

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