Por Redação em Quarta, 22 Fevereiro 2023
Categoria: Economia

Ata do Fed: entidade deve seguir combatendo a inflação

Segundo colegiado, inflação ainda traz a necessidade de mais aumentos nos juros.

Em sua reunião mais recente, as autoridades do Federal Reserve indicaram que "há sinais de que a inflação está caindo, mas não o suficiente para conter a necessidade de mais aumentos nas taxas de juros". A declaração consta nas atas da reunião, divulgadas nesta quarta-feira (22).

No documento, as autoridades enfatizaram que a preocupação com a inflação é alta. O índice permaneceu "bem acima" da meta do Fed, de 2%, afirmou a ata. Segundo o documento, a motivação é o mercado de trabalho, que seguiu "contribuindo para pressões contínuas de alta sobre salários e preços".

Segundo os membros, ainda seriam necessárias mais evidências de progresso, em uma faixa mais ampla de preços, "para ter certeza de que a inflação estava em uma queda sustentada".

Na última reunião, o Fed aprovou um aumento de 0,25 ponto percentual (p.p) na taxa, o menor desde o início do ciclo de alta nos juros, em março de 2022.

A ata segue com o discurso de que os membros acreditam na necessidade de aumentos "contínuos" nas taxas de juros, embora alguns participantes tenham sugerido um aumento maior - de meio ponto, ou 50 pontos-base, o que, segundo eles, mostraria uma determinação ainda maior para reduzir a inflação.

Desde a reunião, as autoridades do Fed vêm enfatizando a necessidade de permanecer vigilantes com a inflação, mesmo expressando otimismo com os dados recentes, segundo os quais a inflação está em um ritmo mais baixo do que o pico do verão norte-americano de 2022.

Segundo o site norte-americano especializado em economia CNBC, os preços de mercado ainda indicam a forte probabilidade de outro aumento de um quarto de ponto em março, seguido por mais alguns, até levar os juros para a faixa de 5,25%-5,5%.

Os mercados seguem preocupados com o perigo de uma possível recessão. Segundo a ata, "alguns" membros veem o risco de recessão como "elevado", enquanto outras autoridades consideram possível alcançar um "pouso suave" para a economia.

Entre os fatores de risco, o colegiado citou no documento a guerra na Ucrânia, a reabertura econômica na China e a possibilidade de uma retração mais longa no mercado de trabalho.

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