Confira os principais pontos do documento acerca da última reunião de política monetária dos EUA.
"A maioria dos participantes julgou que provavelmente seria apropriado mais um aumento na taxa alvo de fundos federais em uma reunião futura, enquanto alguns consideraram provável que nenhum aumento adicional seria justificado", afirma a ata.
O documento deixa explícito que todos os membros do comitê de política monetária norte-americano (FOMC) almejam "proceder com cuidado" em decisões futuras, baseando-se nos dados recebidos e não em qualquer caminho predefinido.
A reunião culminou com a decisão do FOMC contra um aumento das taxas.
Segundo o gráfico com expectativas individuais dos membros, cerca de dois terços da comissão indicaram que seria necessário mais um aumento antes do final do ano. Desde março de 2022, o FOMC aumentou a taxa de juros dos EUA 11 vezes, elevando-a para um intervalo alvo de 5,25% a 5,5%, o nível mais elevado em 22 anos.
Para vários membros do colegiado, incluindo o Vice-Presidente Philip Jefferson e os Presidentes regionais Raphael Bostic de Atlanta, Lorie Logan de Dallas e Mary Daly de São Francisco, o aperto nas condições financeiras pode negar a necessidade de medidas adicionais.
Já os membros a favor de novos aumentos expressaram preocupação com a inflação. A ata observou que "a maioria" dos membros do FOMC veem riscos ascendentes para os preços, juntamente com o potencial para um crescimento mais lento e um desemprego mais elevado.
Mas os economistas do Fed também observaram que a economia do país se revelou mais resiliente do que o esperado em 2023, embora tenham citado uma série de riscos, como a greve dos trabalhadores do setor automotivo.
A ata afirma também que os consumidores continuaram a gastar, mesmo com as condições de crédito mais restritivas, menor estímulo fiscal e retomada dos pagamentos de empréstimos estudantis.
Segundo o CME Group, mais de 90% dos investidores acreditam que os juros norte-americanos se mantenham inalterados na próxima reunião do FOMC.