Expectativa de flexibilização monetária movimenta bolsas, pressiona o iene e redefine o apetite por risco
Investidores aguardam, ao longo da semana, os dados de vendas no varejo e preços ao produtor nos EUA, além do orçamento britânico que será apresentado na quarta-feira (26).
Na Europa, as bolsas abriram em alta acompanhando Wall Street, mas estabilizaram no fim da manhã, com STOXX 600 em leve ganho de 0,1%. Os futuros do Nasdaq e do S&P 500 sobiam 0,8% e 0,5%. O sentimento melhorou após o dirigente do Fed John Williams afirmar que as taxas podem começar a cair "no curto prazo", reforçando a leitura de corte em dezembro. O mercado agora precifica cerca de 65% de chance de redução de 25 pontos-base no próximo mês.
Mesmo assim, analistas alertam que os investidores podem estar adiantando demais as expectativas. A paralisação recorde do governo dos EUA deixou buracos nos dados econômicos, o relatório de inflação de outubro chegou a ser cancelado, e há economistas que veem probabilidade de apenas 50/50 para um corte agora.
No câmbio, o iene segue pressionado, perto das mínimas em 10 meses, com o dólar a 156,81 ienes. A moeda japonesa continua sendo a pior entre as principais do mês, e o mercado monitora risco de intervenção do governo. Para outras moedas, o dólar perdeu força com a perspectiva de juros menores: o euro avançou para US$ 1,1548 e a libra para US$ 1,3114.
Entre as commodities, o Brent operava estável em US$ 62,59, após tocar mínimas abaixo de US$ 62, enquanto o ouro subia 0,35%, para US$ 4.079 a onça.
Com informações de Reuters