A Rússia imaginava que a invasão traria uma vitória fácil, mas não foi bem assim.
Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, esperava uma vitória fácil com a sua "operação militar especial" e um exército cinco vezes maior, mas não foi o que aconteceu. Os combates que ocorreram no norte, sul e leste do país vizinho enfraqueceram a potência, que não esperava um país tão organizado e bem equipado.
Veja 5 coisas que a Rússia não esperava quando invadiu a Ucrânia:
1. Número de perdas
Mesmo com a Rússia não divulgando com precisão suas perdas, um funcionário do Ministério da Defesa russo disse, na última sexta-feira, que 1.351 soldados russos morreram na guerra até agora e 3.825 ficaram feridos.
Em contrapartida, as autoridades da Ucrânia afirmaram que mais de 15.000 soldados russos morreram na guerra.
Já um funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estimou uma perda entre 8.000 e 15.000 soldados russos. Os números representam uma grande perda para a Rússia
2. Raiva por parte dos ucranianos
Provavelmente, após esse conflito, a maior parte da população civil ucraniana irá sentir raiva da Rússia, principalmente após o bombardeio de casas, hospitais, maternidades, teatros e outras instalações que abrigavam civis - incluindo crianças. A atitude é vista como um crime de guerra pela comunidade internacional.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou no início de março, que os ucranianos não perdoarão e não esquecerão. E completou: "puniremos todos os que cometeram atrocidades nesta guerra em nossa terra".
Nos últimos anos, Putin vem repetindo a fala de que Ucrânia "nem é mesmo um estado" e sim, uma criação da Rússia, incitando ainda mais a raiva dos moradores do país vizinho.
3. Crise econômica
Após a invasão, diversas sanções econômicas foram impostas à Rússia, e a consequência delas é uma profunda recessão, que deve ser sentida ainda neste ano.
Segundo dados do Instituto de Finanças Internacionais, a expectativa é que a Rússia se contraia em até 15% neste ano devido à guerra e que sofra um declínio de 3% em 2023. Uma nota lançada ainda indicou que a guerra "eliminará quinze anos de crescimento econômico".
4. Europa passou a evitar compra de energia russa
A guerra acabou acelerando o processo da Europa de se tornar independente da energia russa. A ação irá prejudicar bastante a receita do país.
O gasoduto Nord Stream 2, projetado para trazer mais energia russa para a Europa, pode ser que tenha se tornado obsoleto para sempre, já que agora, a zona do euro busca outras formas de obter energia, que não envolvam a Rússia.
A União Europeia (UE), que importou aproximadamente 45% do gás russo em 2021, prometeu reduzir suas compras em até dois terços até o final de 2022. Além disso, a Comissão Europeia deseja parar de comprar combustíveis fósseis da Rússia antes de 2023.
5. Ocidente unido em prol da Ucrânia
Mesmo com as tentativas repetidas de Putin de desestabilizar o Ocidente, a união e solidariedade em torno da Ucrânia foram observadas desde o início da Guerra.
Especialistas acreditam que Putin esperava que a sua invasão causasse o efeito contrário, desunificador, no Ocidente, com países incapazes de concordar com sanções ou a respeito de enviar armas à Ucrânia.
"A reação do Ocidente é sem precedentes. Está além do que qualquer um poderia prever - unido e muito mais do que qualquer um da Rússia estava se preparando ou preparado" disse Anton Barbashin, analista político e diretor editorial da revista Riddle Russia.
E você, o que acha das consequências que a Rússia vem sofrendo por invadir a Ucrânia? Justas? Deixe sua opinião nos comentários!